20 maio 2008

Guia para ser um Cavalheiro em 2008

Dia desses estava zapeando pelo twitter quando me deparo com uma mensagem da Shawn (@shawnz) apontando para "100 Must-Read Books: The Essential Man’s Library", uma excelente lista publicada no "The Art of Manliness".

Apesar desse link ter me deixado absurdamente envergonhado devido ao fato de que (ainda) não li a maioria dos livros mencionados, também foi extremamente útil por me fazer reparar em outro link desse mesmo blog: "Get Your FREE Guide to Being a Gentleman in 2008"

Esse link definitivamente me deixou curioso e, apesar de já ser absurdamente tarde da noite, a curiosidade venceu o sono, então fiz o download e comecei a conferir esse tal "Guia para ser um Cavalheiro em 2008".

Introdução (Introduction)

Many of you may say that the advice in this book is common sense. You’re right. It is common sense. Unfortunately, many men in our society no longer have any common sense and instead act like complete cads.

Muitos de vocês podem dizer que os conselhos desse livro são senso comum. Vocês estão certos. Eles são senso comum. Infelizmente, muitos homens na nossa sociedade não possuem mais nenhum senso comum e, ao invés disso, agem como completos Brucutus.


E assim, logo de cara, foi forçado a concordar plenamente com o guia, pois afinal de contas, quem não conhece alguns (ou vários) homens que portam-se como perfeitos imbecis?

(obs.: ia usar o termo "troglodita", mas achei que os pobres chimpanzés não mereciam isso)


Por que ser um cavalheiro? (Why be a gentleman?)

  1. Ser um cavalheiro lhe provê respeito: As pessoas respeitam quem lhes respeita. Um cavalheiro é respeitoso com todos. Consequentemente, um cavalheiro conquista o respeito dos outros.

  2. Ser um cavalheiro lhe provê confiança: Justamente por ser honesto e transparente, o cavalheiro deixa as pessoas mais à vontade e cria uma atmosfera de confiança

  3. Ser um cavalheiro pode impulsionar sua carreira: Se as outras duas afirmativas são verdadeiras, então um cavalheiro é respeitado e confiado pelos outros, o que lhe fornece maiores chances de sucesso profissional

  4. Ser um cavalheiro o torna mais atrativo para mulheres: As mulheres gostam de homens que saibam tratá-las como damas e são atraídas por quem lhes respeita e são atenciosos às suas necessidades.


Bem que fui avisado que o senso comum se faria presente. Até aqui, tudo parece óbvio, mas daí penso que muita gente não pensa assim, o que torna tudo isso não-tão-óbvio.

Email (Email)

  • Seja conciso e direto ao ponto

  • Use correta ortografia e gramática

  • Responda em 24 horas (ou pelo menos avise que precisará de mais tempo, quando for necessário)

  • Responda todas as dúvidas (inclusive aqueles que possam surgir em decorrência de suas respostas)

  • Torne-o pessoal (ou seja, mostre que você se importa)

  • NÃO ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS (exceto se for pra demonstrar que isso não deve ser feito jamais)

  • Não abuse do "Responder para todos" (vou encaminhar essa dica para algumas pessoas)

  • Não use abreviações ou emoticons (nada contra os emoticons "básicos", mas abreviações como "Kd vc" ou "Vlw mto" realmente não soam bem se você tem mais de 15 anos)

  • Não encaminhe correntes ou piadas estúpidas

  • Tenha discrição com o que você coloca em um email (regra do "não coloque nada que possa te envergonhar se vier a público")


Celulares (Cell Phones)

  • A não ser que você esteja esperando uma chamada de emergência, desligue seu celular em restaurantes, cinemas, reuniões e igrejas (ou pelo menos coloque no modo silencioso)

  • Use sua voz interna quando estiver falando no celular (os outros não precisam ouvir toda sua vida)

  • Não use um headset Bluetooth a não ser que você esteja dirigindo (ainda bem que eles ainda são meio caros por aqui, evitando a popularização)

  • Use toques (ringtones) simples (ou pelo menos evite homenagear o Mc Creu com seu toque)

  • Peça licença antes de atender uma chamada

  • Não dirija falando ao celular (ok, esse é um item que eu não sigo, mas sei que deveria)

  • Não interaja com outras pessoas enquanto estiver ao telefone (é rude para a pessoa que você está falando fisicamente e também para quem está ao telefone com você)

  • Use mensagens de texto (sms) com discrição (pode soar meio falso vindo de mim, um viciado em sms e Twitter, mas estou aprendendo a "dosar" isso melhor)




Acho que já deu para perceber que, apesar de serem mais ou menos óbvias, várias dessas dicas podem ser muito úteis no dia-a-dia de um cavalheiro (e também de uma dama). Sendo assim, enumerarei abaixo apenas mais algumas dicas que achei muito boas em cada um dos tópicos posteriores aos que já listei acima.

  • Caixa Postal (Voice Mail): deixe seu nome e dados para contato logo no começo da mensagem, evitando assim que a pessoa tenha que escutar a mensagem inteira novamente caso não consiga anotar os dados da primeira vez.

  • Etiqueta no Facebook (Facebook Etiquette): por incrível que pareça, tem gente que termina via Facebook/Orkut ao atualizar o status do relacionamento. Se você foi homem para começar algo, seja homem também para terminar de maneira decente.

  • Conversação (Conversation): use o nome da pessoa com quem você está falando, mas faça isso com discrição, evitando parecer um vendedor de carros usados.

  • Cavalheirismo (Chivalry): ande do lado da rua, deixando a dama do lado da calçada e a salvo do tráfego e suas poças.

  • Encontros (Dating): planeje a noite com antecedência, demonstrando assim sua importância (dica que também foi dada em um episódio do Queer Eye).

  • Vestuário e Aparência (Dress & Appearance): simplicidade, simplicidade, simplicidade.

  • Gorjeta (Tipping): quando for dar gorjeta, não fique exibindo o quanto está deixando pois isso, ao invés de impressionar, apenas demontra que você é grosseiro e superficial.



Desenvolvendo a Postura Cavalheiresca (Developing Gentlemanly Deportment)

Treat all women with respect. The man who is a rude husband, brother, or son cannot be a true gentleman.

Trate todas as mulheres com respeito. O homem que é um marido, irmão ou filho rude não pode ser um verdadeiro cavalheiro.



Como mencionado diversas vezes no guia, essa não é uma lista exaustiva, então agora eu é que pergunto a vocês leitoras(es): acham que falta algo a essa lista? acham que a lista inteira é bobagem pura? concordam com cada vírgula e querem ler o guia inteiro agora mesmo?

No caso dessa última pergunta, o link para download do guia é esse aqui: The Art Of Manliness: Guide To Being a Gentleman in 2008

08 maio 2008

a menina que roubava livros

Lágrimas rolam pela face e ele nem se importa em enxugá-las... Por que ele faria isso? Qual o sentido em enxugá-las se elas tornarão a cair?

E elas caem em abundância. Mas por quê?

Por causa de um livro. Alguns perguntarão: "Só isso? Um livro?"

Mas não é um livro qualquer. Não é um mero agrupamento de palavras escritas sobre uma folha qualquer. Não, é um livro escrito com as cores da raça humana. Ou seriam as dores?

A primeira pergunta óbvia é: como ele chegou a esse livro?

a paixão

Não é preciso muito para uma paixão surgir:

Sessão de cinema só dali a alguns minutos.
Tempo livre.
Uma livraria.
Uma contracapa.

Na contracapa ele leu:

Quando a Morte conta uma história,
você deve parar para ler


A curiosidade venceu (ela sempre vence).

Abriu o livro, leu as primeiras páginas:

Primeiro, as cores.
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas.
Ou, pelo menos, é o que tento.


Continuou lendo e, a cada palavra, ficava mais enamorado da Morte. Sim, eu sei que isso soa estranho, mas essa morte dizia as coisas de um jeito todo seu... especial... humano.

Insisto - não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta.


Chegou a hora da sessão.
Deixou sua paixão.
Foi ver o filme.

a surpresa

Meses se passaram.

Era seu aniversário. A família reunida para celebrar. Seus pais dizem que não sabiam o que dar, por isso lhe compraram um livro.

Um pensamento que começa na mente e se espalha pelo corpo, percorrendo suas veias, deslizando por suas artérias... desejoso... esperançoso.

Mãos trêmulas.
Um papel desembrulhado.
Um sorriso indescritível no rosto.

a leitura

Como todo amor verdadeiro, esse foi cultivando-se pouco a pouco. Foi entrando sorrateiramente e reservando um espaço que sabia que lhe seria devido.

Levou meses até que ele começasse a ler. Se ele queria tanto, por que o fez esperar?

Não sei ao certo, e talvez nunca saberei. Mas ele é supersticioso e, se um dia lhe perguntarem, ele provavelmente dirá: "Eu não o esperei, nem ele me esperou. Foi no momento certo. Também poderia tê-lo adquirido assim que o vi, mas não era a hora. Quando chegou o momento certo, ele veio até mim."

o prazer e a dor

Sim, dor mesmo. Daquela que dói na alma, como dizem por aí.

Ele saboreou cada palavra como se fossem velhos amigos a se reencontrar. Sem pressa, sem ansiedade. Deixando o papo fluir naturalmente.

Riram juntos.

E eu páro de me escutar, porque, para dizê-lo curto e grosso, eu canso a mim mesma.


Curtiram o momento juntos... sorvendo as palavras.

Enquanto o livro tremia em seu colo, o segredo sentou-se em sua boca. Acomodou-se. Cruzou as pernas.


Choraram juntos... e como choraram.

O silêncio não era quietude nem calma, e não era paz.


a despedida

Como a maiora delas, essa despedida não foi planejada, não foi prevista. Ela simplesmente aconteceu.

Mas teve uma pequena ajuda.

Um almoço sozinho e rápido. No resto do tempo ele leu.
Um compromisso cancelado à noite. Ficou em casa e leu.

Foi lendo, e lendo, e lendo... e a cada página, por mais que as lágrimas viessem e lhe embotassem os olhos, ele prosseguia.

E prosseguiu até a última palavra... até o último ponto.

Não ficou triste pelo término. Ficou feliz pelo que tiveram juntos... com a certeza de que guardava para sempre as palavras... as sensações... as reflexões.

Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.

04 maio 2008

Virada Cultural 2008 - Palco das Meninas - Shows

"Não deixe para amanhã o que você deve postar hoje."

Essa foi uma lição aprendida com a Virada Cultural, pois ao invés de eu postar logo no começo da semana, fui deixando pra depois, pra depois, e agora, apesar de lembrar dos shows, não há toda aquela paixão absurda que rolou logo após. Mas tentarei mesmo assim, então vamos lá!

Marina de La Riva

Logo que estava saindo da estação República já avistei o "Palco das Meninas" logo a frente e, após andar uns poucos metros, já escutava deliciosamente "taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim......você tem, você tem, que me dar seu coração...". E lá fui eu dançando pela rua (sim, sozinho e louco) em direção ao palco.

Chego lá, palco cheio, Marina dando um show (no sentido literal e figurado) e o público inteiro acompanhando. Uns conheciam as letras e cantavam junto, outros indagavam-se com algumas letras em espanhol: "o que é chancletera?"

chancleta = chinelo - logo, a tal da Mulata Chancletera é uma mulher que sai vendendo pelas ruas fazendo barulho com suas "chancletas" e atraindo os fregueses com "sus sonidos"

Outras músicas apresentadas pela diva: "Sonho Meu", "Tin Tin Deo", "Juramento"

Um show divino, como todos os outros que já fui da Marina.

Obs.: ouvi dizer que teve repórter dizendo que o show foi "mais-ou-menos", sem "animar muito o público". Bem, se disse isso, só pode ter visto outro show, porque o que eu vi a galera se animou e acompanhou com vontade. :)

- Link para comprar o CD


Andreia Dias

Eis que enquanto aguardo o próximo show, conheço a "Ana Luiza com Z" (é assim mesmo que ela se apresenta, rs), carioca (levou meio segundo pra descobrir isso), museóloga e super simpática, que me pergunta: "mas quem é essa Andreia Dias?"

Ao que respondo que não faço a mínima idéia, para descobrir logo em seguida que na verdade eu já a conhecia por causa da Banda Glória, que já havia visto tocar algumas vezes na Aldeia Turiassú, banda da qual a Andreia é vocalista.

Um ótimo show, cheio de energia (ela tem disposição de sobra) e com direito a performance no palco (ela cantando/interpretando deitada no chão) e tudo mais. Gostei da energia, da maneira passional como ela cantou cada uma das canções. Muito bom mesmo.


Joana Duáh

Mais uma vez estou aguardando um show sem fazer a mínima idéia de quem ela é... e mais uma vez eu estava redondamente enganado.

Assim que a Joana Duáh entrou no palco, me lembrei que já havia tido o prazer de vê-la cantar no Tom Jazz, juntamente com a Verônica Ferriani e a Gafieira São Paulo.

Essa brasiliense com uma voz deliciosa conseguiu o feito de levantar o público às 02h da madrugada (!!) com uma mescla de estilos brasileiros, e um excelente repertório. Valeu cada minuto do show!

Uma característica que me chamou a atenção foi o cuidado dela em falar sobre o compositor de cada música antes de cantá-la, conforme eu lhe disse por email:

"Uma das coisas que mais me chamou a atenção no seu show (e da qual gostei muito), foi o fato de você mencionar o nome de cada compositor antes de cantar a música. Apreciei muito mesmo isso, pois muitas vezes escutamos músicas fantásticas sem fazer a menor idéia de quem são as mentes brilhantes por trás das mesmas."

Ao que ela me retribuiu com seu repertório completo, mostrando que além de talentosa também é muito simpática:

  • Calcanhar de aquiles (Jean e Paulo Garfunkel)

  • Perfume de cebola(Filó Machado)

  • Ganga Zumbi(Sergio Santos/Paulo César Pinheiro)

  • Morada do samba (Rosa Passos/Walmir Palma)

  • Pé do Lageiro (João do Vale)

  • Artigo de Luxo (Sergio Santos/P.C.Pinheiro)

  • Voz e violão (Sergio Santos)

  • Berimbau (Baden/P.C Pinheiro)

  • Pode morrer nessa janela (José Silva/Manoel Euzébio)

  • Quebradeira de côco (Roque Ferreira)

  • Deixa eu dizer (Ivan Lins)

  • Meio a meio (Joyce)

  • Choro das Águas (Ivan Lins)


Não poderia deixar também de mencionar sua talentosa banda:

  • Bernardo Ramos: violão/guitarra e direção musical

  • Vitor Gonçalves: teclado e sanfona

  • Bruno Aguilar: baixo

  • Allen Pontes: batera



Clara Moreno

Essa aqui pelo menos eu já sabia quem era, pois no dia anterior, quando estava nos meus pais, meu pai me falou: "Lembra da Joyce? Aquela da música '...clara, ana, e quem mais chegar...'?"

Claro que eu lembrava. E eis que o show começou, a Clara (agora já bem mais grandinha do que na época da música... rs) soltou a voz e conseguiu me manter acordado e animado por mais 1 hora (05h da madruga).

Era chegada a hora de ir recarregar as baterias antes de voltar pra mais uma maratona de shows.


Bruna Caram

Dia novo, energias recobradas, um céu azuuuuuul e eu novamente chegando na estação República. Mais uma vez, ao andar poucos metros depois de sair do metrô, escuto uma deliciosa voz cantando.

Confiro o relógio: 12h30. "Ué, mas o show não começava às 13h?"

Chego mais perto e descubro que a Bruna estava "só" passando o som, e a galera já acompanhando, cantando junto e querendo mais. Cheguei no finalzinho da passagem de som, a Bruna com um vestidinho amarelo lindo (não, não sou gay, mas gosto de vestidos e reparo na roupa sim) avisando que dali a pouco estaria de volta.

Posiciono-me lá no "gargarejo", em meio a uma legião de fãs. Quando o show começa (a Bruna com novo figurino - dessa vez um vestidinho branco soltinho) percebo o porquê dela ter uma legião de fãs que sabiam cantar todas as letras: carisma.

Ao escutá-la cantando "Sonhos aventuras, juras promessas... dessas que um dia acontecerão... você me daria a mão?", não tem como resistir à sua doçura.

Além de ter uma voz linda, ela é muito fofa e transmite uma excelente energia.

Definitivamente foi a minha melhor surpresa na Virada Cultural.

- Link para comprar o CD


Verônica Ferriani

Bem, sou muito suspeito para falar da Verônica, pois admiro seu trabalho desde a primeira vez que a vi (eu literalmente fiquei de "queixo caído"). Todo mundo que me conhece sabe que considero-a minha "musa" (até pra ela já contei isso...rs).

Mas não é à toa que admiro seu trabalho. Ela tem um sorriso que irradia, que contagia. Quando subiu ao palco com um vestido tomara-que-caia verde, longo e divino, não houve quem não ficasse de queixo caído ao ouvir sua voz.

Como já é de praxe em seus shows, Verônica presenteou o público com mpb de altíssima qualidade, bons sambas, algumas músicas conhecidas e outras obscuras (pelo menos pra mim), mas nem por isso menos interessantes.

E, como se já não fosse o bastante ser uma intérprete divina, Verônica ainda nos deliciou com uma composição de sua autoria, que foi composta em parceria com sua amiga Giana Viscardi (que cantou na parte da manhã - e eu perdi).

O repertório apresentado por Verônica e sua banda (também gentilmente fornecido pela própria) foi esse aqui:

  • Lá de Angola (João Nogueira/PC Pinheiro)

  • Eu quero um samba (Haroldo Barbosa/ Janet de Almeida)

  • É de mar (Toninho Geraes)

  • Fez bobagem (Assis Valente)

  • Você tá sumindo (Geraldo Pereira)

  • Leva meu samba (Ataulfo Alves)

  • Sentimentos (Paulinho da Viola)

  • Menina Fricote (Marília e Henrique Batista)

  • Tu, Neguinha (Verônica Ferriani e Giana Viscardi)

  • Não sonho mais (Chico Buarque)

  • Mineira (João Nogueira/PC Pinheiro)

  • A chuva cai (Argemiro do Patrocínio)


A banda excelente que tocou com minha musa foi essa aqui:

  • Marcelo Cabral: arranjos, direção musical, violão 7 cordas e baixo

  • Alexandre Ribeiro: clarinete

  • Henrique Araújo: cavaco

  • Léo Rodrigues: percussão

  • Vitor da Candelária: percussão


- Link para o CD: "ainda" não tem, mas podem ir preparando-se porque até o final do ano o CD da Verônica finalmente será lançado. ;)